Diretoria da Sergas reúne-se com diretor comercial e regulatório da TAG para compartilhamento de projetos no segmento do gás natural em Sergipe
Nesta terça-feira (26), a convite do diretor-presidente da Sergas, Valmor Barbosa, a companhia recebeu a visita do diretor Comercial e Regulatório da Transportadora Associada de Gás (TAG), Ovídio Quintana, para dirimir dúvidas com relação às tratativas para a contratação do transporte da molécula do gás natural. A atual fase é de contratação de novos supridores de gás, em face do recente anúncio da Petrobras de que não terá disponibilidade para fornecimento do insumo nos anos de 2022 e 2023. A Sergas retornou com a chamada pública e passou a discutir com outros players do mercado do gás, em busca da melhor oferta da molécula, para que possa garantir a distribuição ao consumidor cativo.
Na composição da distribuição do gás natural, tem-se a molécula e o transporte. Nesse sentido, faz-se necessário esclarecer e elucidar dúvidas com relação à nova modalidade de contratação do transporte do gás natural. Hoje, o transporte do gás se dá por uma modalidade denominada de Tarifa Postal. Nela, o valor pago pela tarifa é igual para todas as distribuidoras, não importando a localização geográfica da distribuidora. Com a possibilidade de implantação da nova modalidade, denominada Locacional, a tarifa levará em conta a proporcionalidade da posição geográfica em que a distribuidora se encontra. A Agência Nacional do Petroléo, Gás Natural e Biocombustiveis (ANP) deverá comunicar ao mercado, no caso da confirmação da alteração da modalidade contratual.
No dia anterior, por oportunidade da presença da TAG em Sergipe, outros órgãos do estado participaram de reuniões de alinhamento, inclusive com a participação do governador Belivaldo Chagas. De acordo com a TAG, a construção do gasoduto de conexão terá 25 km de extensão, cruzando os municípios de Barra dos Coqueiros, Santo Amaro das Brotas e Rosário do Catete. A obra deve gerar movimentação para a economia local, com o aluguel de equipamentos, contratação de serviços especializados e de insumos para manutenção de canteiros e da construção, além de elevado aumento de empregos diretos e indiretos.
A estimativa de investimento é de R$ 300 milhões, e o gasoduto terá capacidade de movimentação de até 14 milhões de m³ de gás por dia. A concepção preliminar do trajeto do gasoduto deverá evitar ao máximo interferências de edificações, construções e zonas de restrição ambiental e social. De acordo com o diretor Comercial e Regulatório da TAG, o projeto atualmente está em fase de conclusão do escopo básico.
O projeto visa a inserção de gás na matriz nacional através de Sergipe, que tem importância central no mercado brasileiro. As reuniões entre Governo e TAG tem o intuito de transformar desejo em ação, estabelecendo iniciativas e cronogramas e priorizando um trabalho transparente e cooperativo.
De acordo com o diretor-presidente da Sergas, “temos um bom alinhamento com a TAG, que executa o transporte do gás em Sergipe. Esse processo é muito importante para o desenvolvimento da indústria de rede à qual a Sergas se dedica, sendo o papel do transporte o de promover a competição da molécula e de possibilitar múltiplas fontes de injeção à disposição do mercado ao qual as duas corporações atendem. O transporte procura levar a molécula ao city gate através do qual o mercado tem a sua relação com a distribuidora. Essa é uma agenda complementar de colaboração para desenvolvimento da cadeia do gás natural”.
Para Ovídio Quintana, “a Sergas e o Estado de Sergipe tiveram protagonismo na abertura do mercado do gás pelo seu potencial ao longo da costa sergipana, tendo o primeiro consumidor livre, que é a Proquigel, atuando no setor das fábricas de fertilizantes. É por isso que reforçamos o compromisso da Sergas no desenvolvimento dessa positiva agenda”. O diretor reforça, ainda, que o prazo para implantação do gasoduto é estimado para 2023. Afirma, também, que o objetivo da TAG é conduzir o projeto respeitando todas as normas ambientais, tendo a Sergas como parceira.
Texto por José Castilho Almeida de Jesus (ASCOM/Sergas)
Fotos: José Castilho Almeida de Jesus (ASCOM/Sergas)