Localizada na Rodovia BR 101, no município de Estância, a Indústria Vidreira do Nordeste (IVN) é uma empresa de embalagens de vidro, destinada a bebidas alcoólicas e alimentos. A IVN recebe o apoio do Governo de Sergipe, estando inclusa no Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI). Tendo iniciado suas atividades em 2019, a fábrica é uma das maiores consumidoras do insumo distribuído pela Sergas, chegando a consumir uma média superior a 45 mil m³/dia de gás natural canalizado. Como fornecedora do insumo, a Sergas realizou no dia 10 de novembro uma parada para manutenção na linha de fornecimento à empresa, atuando de forma célere e eficaz na resolução de problemas e na restauração do fluxo de operações.
Periodicamente, a Sergas realiza medições e inspeções nos equipamentos envolvidos no suprimento de gás natural canalizado de seus clientes. Segundo o gerente comercial da Sergas, Pablo Matsuo, em uma dessas rotinas, os técnicos da gerência operacional da companhia detectaram um pequeno vazamento na rede de distribuição que atende a IVN. A partir da geração dessa demanda, a gerência comercial da indústria entrou em contato com a diretoria executiva da IVN, mostrando a necessidade de se fazer uma parada para manutenção.
“A diretoria da IVN compreendeu a necessidade e solicitou que fosse mantido o fornecimento do gás para alimentar a fábrica, mesmo que não fosse pelo gasoduto, porque além do forno principal, outros equipamentos não podem ser desligados, sob pena de enormes prejuízos. As perdas poderiam comprometer tanto equipamentos como a matéria prima, que é o vidro fundido, que poderia esfriar e endurecer”, afirmou Pablo Matsuo.
O gerente comercial explica, ainda, que a manobra demandou diversas medidas técnicas. “Foi necessário que fôssemos ao mercado encontrar um fornecedor de Gás Natural Comprimido (GNC), através de processo licitatório. Foi disponibilizada a carreta de GNC e um painel de descompressão com monitoramento. Após a montagem do projeto de atendimento a essa demanda, iniciou-se o projeto operacional, tratado pelos técnicos da Sergas e da IVN”, descreveu Pablo.
De acordo com o gerente operacional e engenheiro da Sergas, Iolando Menezes, a operação teve êxito devido ao alto grau de planejamento das equipes da Sergas e da IVN. “Houve a necessidade de se rebaixar a pressão do fornecimento no gasoduto, em função de que, quanto menor fosse a pressão, menos tempo para que o setor de operações pudesse preparar o gasoduto e liberar a equipe de engenharia para a manutenção. Então, teve que haver uma sincronia e entrosamento muito grandes na operação”, sintetizou.
Iolando acrescenta que o planejamento baseou-se em reuniões anteriores para definir o esquema de atuação. “Ocorreu um atraso para liberação do principal forno, que, durante a operação, foi alimentado com outro combustível fóssil, pois o mesmo não poderia ser desligado sob hipótese alguma. Mesmo assim, conseguimos realizar a preparação e liberar os equipamentos para a equipe de engenharia a tempo de realizar a manutenção. Foram necessários cinco funcionários no processo de queima do gás e na repressurização ao final da manutenção”, informou o engenheiro.
Para o engenheiro Gustavo Cruz, responsável pela gerência de engenharia da Sergas, a operação foi bem planejada e organizada. “O setor de engenharia ficou responsável pela atividade de substituição das juntas das válvulas onde estava ocorrendo o vazamento e pelas soldas no gasoduto. Anteriormente, a equipe de engenharia esteve na IVN e, preventivamente, preparou todo o local com escavações junto ao gasoduto para sua liberação, podendo realizar a operação no menor espaço de tempo possível”, relatou.
Ainda segundo o gerente de engenharia, foram empregadas na troca juntas espiraladas de última geração, que proporcionam maior segurança ao gasoduto. “Nas caixas que continham válvulas e que não apresentaram vazamento, as juntas foram trocadas de forma preventiva. Nessa operação foram envolvidos nove funcionários, entre coordenação, inspeção, técnico de segurança do trabalho e equipe operacional. O serviço foi concluído antes do horário planejado”, pontuou Gustavo.
A estação localizada no parque fabril da IVN é da modalidade de controle, composta por válvulas de bloqueio na entrada, seguidas por filtros responsáveis pela retenção de partículas sólidas. Além destas, há também válvulas reguladoras, que atuam no controle da pressão de fornecimento. A seguir, a estação inclui o bloqueio como elo de segurança, que garante a integridade de todo o sistema de distribuição para o caso de falhas operacionais de regulagem.
“Com a constatação do pequeno vazamento, as equipes da Sergas se alinharam com a diretoria da IVN. A partir daí, foi montada a operação para a parada e manutenção, sem causar nenhum tipo de dano ou prejuízo, garantindo toda a segurança para a empresa e para os trabalhadores envolvidos. Gostaria de elogiar e destacar a capacidade técnica da Sergas a partir da diretória técnica, dirigida pelo engenheiro Ivonez Lourenço, e toda a equipe de gerentes das áreas comercial, operacional e de engenharia, passando pelos coordenadores e operários que executaram toda essa operação plena de êxito. Ocasiões como essa mostram a importância da qualificação técnica dos funcionários da Sergas”, salientou o diretor-presidente da Sergas, Valmor Barbosa