Workshop realizado por dois dias reuniu gestores, colaboradores e palestrantes externos em busca de um planejamento sólido e eficiente para o Companhia
A Sergipe Gás S/A, concluiu na última quarta-feira 26, o Workshop de Conexão, um momento de troca de informações, no qual os gestores e colaboradores da Sergas puderam se aprofundar no mercado de gás e cenários de áreas que, direta ou indiretamente, influenciam a operação da distribuição de gás no estado de Sergipe.
O segundo e último dia contou com as participações dos representantes dos acionistas da Sergas – o estado de Sergipe, Mitsui Gás e Energia do Brasil Ltda e Commit Gás S.A -, que apresentaram um vasto panorama do segmento, mercado e as tendências futuras. O diretor presidente da Sergas, José Matos, considerou todo o evento como muito importante, pois levou os membros da companhia a emergirem sobre o tema do planejamento, por meio de palestras, debates e atividades de grupo.
“Tivemos durante o evento conteúdos discutidos mundialmente, elevando cada vez mais o nível de tecnicidade, gestão e atuação inteligente que a Sergas, junto com seus acionistas e colaboradores, vem adotando. Estamos participando de vários eventos estaduais e nacionais sobre o segmento do gás e pudemos testemunhar nesses dois dias o altíssimo nível de conteúdo apresentado pelos palestrantes que aqui estiveram. O nosso agradecimento a todos que contribuíram para a realização desse grande evento interno da Sergas. Tenho certeza que tudo que foi apresentado elevará ainda mais o nível do planejamento estratégico para o período de 2023 a 2028 e as realizações propostas”, concluiu Matos.
Os representantes dos acionistas da empresa realizaram palestras. Pelo estado, o secretário-executivo da Sedetec e também conselheiro da Sergas, Marcelo Menezes, realizou uma apresentação sobre a visão do Governo de Sergipe em relação ao trabalho desenvolvido pela empresa. Na sua palestra, Marcelo abordou todo o cenário que o estado está inserido em relação ao gás, destacando a importância do papel da empresa diante das oportunidades que surgirão e da importância de criar competitividade para o estado.
O segundo palestrante foi o gerente geral da Mitsui Gás, Rafael Gomes, que iniciou sua apresentação fazendo um breve relato histórico sobre a empresa e a parceria estabelecida atualmente com o estado de Sergipe e a Commit, na Sergas. “A Mitsui procura contribuir sempre para o desenvolvimento da Sergas. Acho interessante esse modelo preparatório para o planejamento estratégico, e buscamos contribuir com informações que tragam alguns insights para toda equipe”, destacou.
O terceiro palestrante e representante do acionista Commit Gás, foi o diretor comercial e de planejamento estratégico, José Eduardo Moreira, que tratou especialmente sobre mercado, enfatizando as oportunidades que haverão com gás natural veicular (GNV), e seu uso, inclusive, em frotas de motores de veículos pesados (caminhões e ônibus). “Esperamos ter essa tecnologia massificada em breve no Brasil, em que pese já termos cerca mil veículos transitando no país com esse novo tipo de motor. O abastecimento não será problema, porque o motorista poderá sair do Ceará e ir até o Rio Grande do Sul que encontrará postos de abastecimento de forma contínua em toda a rodovia”, frisou, completando que trabalhando com inteligência das informações é possível, cada vez mais, alcançar o pleno desenvolvimento para o Nordeste e para Sergipe.
Gás em Sergipe
O quarto palestrante do dia foi o senador Laércio Oliveira, com o tema “Cenário de Oportunidades: Gás e Fertilizantes”. O parlamentar destacou os avanços do setor a partir da nova Lei do Gás, que o próprio relatou em 2021 na Câmara dos Deputados. Segundo ele, a nova legislação estabelece condições para a retomada do crescimento da indústria nacional e sergipana. Ainda segundo Laércio, um dos principais benefícios da nova lei é proporcionar, a médio prazo, um preço de gás mais acessível para consumidores residenciais, industriais e comerciais.
Com a descoberta de expressivas reservas de petróleo e gás em águas ultraprofundas, Sergipe tem a perspectiva de produzir 240 mil barris de petróleo por dia e 18 milhões de metros cúbicos de gás por dia, a partir de 2028, através do Projeto Sergipe Águas Profundas (Seap), da Petrobras. O Seap também visa atrair indústrias consumidoras intensivas de gás natural, visando à geração de emprego, renda e desenvolvimento econômico no estado. Neste sentido, Laércio também citou outro projeto de sua autoria, o Programa de Desenvolvimento da Indústria de Fertilizantes (Profert).
Financiamento de projetos
O quinto palestrante do dia foi o superintendente em Sergipe do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Antônio César, com o tema “Perspectivas para o Desenvolvimento do Nordeste”. A instituição é o maior banco de desenvolvimento regional da América Latina, responsável pelo Crediamigo e Agroamigo, maior programa de microcrédito produtivo orientado da América do Sul. Na oportunidade, o superintendente elencou a participação da instituição para financiamento de segmentos produtivos, em 2022. Quase a metade do recurso do banco foi para o agronegócio, com pecuária e agricultura somando 47%. Já o setor de comércio e serviços demandou 20%, e o da indústria 9%. Os outros setores ficaram com os 4% restantes. César traçou ainda panoramas de crescimento para a indústria em Sergipe.
Aspectos Técnicos e Legais da Regulação do Gás Natural
Representando a Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado de Sergipe (Agrese), o diretor da Câmara Técnica de Gás Canalizado (Camgas), Douglas Costa, falou sobre os Aspectos Técnicos e Legais da Regulação do Gás Natural, a função da agência, que tem o objetivo de garantir a qualidade dos serviços e a modicidade dos preços. A regulação sobre os serviços do gás natural que a agência realiza, está embasada sob procedimentos técnicos. “A agência trabalha com indicadores, porque não dá para se medir a atuação do concessionário, sem limites estabelecidos, então são atribuídos indicadores de segurança. Mensalmente a Sergás passa esses dados para Agrese, que tábula e faz os seus controles públicos e isso é uma maneira de prestação de contas a sociedade, de que o serviço está sendo prestado de maneira adequada, como está previsto no contrato de concessão”, ressaltou.
O palestrante explicou que existem as fiscalizações realizadas de forma programada e periódica, e a fiscalização específica quando há alguma intercorrência, a exemplo de denúncia.Com o encerramento do Workshop pleno de êxito, a Sergas irá se preparar as fases seguintes que trata-se da Pré-Jornada (escuta ativa) entre os dias 31.07 e 01.08, com os gestores e equipes de trabalho e o Estrategic Days entre os dias 08 e 09.08.23, que ocorrerá no auditório da companhia.