A visita à sede da Orizon Valorização de Resíduos e à sua diretoria em São Paulo tem como objetivo dar início às negociações para viabilizar o fornecimento de biometano à distribuidora sergipana. Esse projeto se iniciará pelo município sergipano de Lagarto atendendo a demanda e antigo pleito por parte do empresariado da região.
Na última terça-feira, 31 de outubro, o diretor-presidente da Sergas, José Matos, acompanhado do gerente comercial, Pablo Yutaka Ysobe Matsuo, visitou as instalações da empresa Orizon Valorização de Resíduos em São Paulo. Durante a visita, os gestores se reuniram com a diretoria da empresa, incluindo o CEO Milton Pilão, o diretor de engenharia e implantação, Jorge Elias, a gerente de engenharia e energia, Caroline Pinho, o gerente de operações, Diogo Arantes, e o superintendente da região Nordeste, Gustavo Soares. Além disso, os representantes da Sergas realizaram uma visita técnica ao Ecoparque Paulínia, um aterro sanitário com tecnologia avançada para o tratamento e valorização de resíduos. A visita possibilitou as discussões sobre a viabilidade de fornecer biometano produzido pela Orizon no Ecoparque Sergipe, localizado na cidade de Rosário do Catete.
Ao visitar e conhecer o potencial da Orizon e do biogás, o diretor-presidente da Sergas, José Matos, esclareceu que, com a nova modelagem econômica após a aprovação da nova Lei do Gás e a subsequente abertura do mercado, a Sergas busca novos parceiros e a diversificação da matriz energética para o seu fornecimento. “O conceito discutido entre a Sergas e a Orizon visa garantir segurança energética para os consumidores de biometano e gás natural em Sergipe, trazendo flexibilidade operacional e redução da pegada de carbono para os futuros consumidores. Essas tratativas representam um passo fundamental na direção de um futuro energético mais limpo e diversificado para Sergipe e seus cidadãos, contribuindo para a sustentabilidade ambiental e o crescimento econômico do estado”.
José Matos completa que nesse novo contexto, o gás natural oferece diversas oportunidades, e a Sergas está atenta aos novos players que ingressam no mercado. “O biogás, convertido em biometano, é uma realidade e representa mais uma oportunidade para a Sergas adquirir o gás natural em melhores condições por meio de uma variedade de fornecedores. Essa ação reforça o compromisso da companhia de expandir o uso do gás natural, interiorizando-o com a expansão de sua rede de gasodutos, incluindo uma estação estruturada e estratégica em uma cidade central, como é o caso de Lagarto, na região centro-sul do estado”, lembra.
O CEO da Orizon, Milton Pilão, considera que as negociações estão sendo conduzidas de maneira profissional e madura pelas diretorias da Sergas e Orizon, projetando os passos necessários para a efetivação do projeto. Ele destaca a importância desse empreendimento para o mercado sergipano, com potencial para o uso de biometano e gás natural, contribuindo para a construção de um negócio sustentável e vantajoso para os consumidores de Sergipe, a distribuidora de gás local e a Orizon. “É uma parceria que será mutuamente benéfica e bem-sucedida”, pontua.
Jorge Elias, diretor de engenharia e implantação da Orizon, salienta a importância desse projeto, pois representa uma parceria entre a Sergas e uma grande empresa no setor de destinação de resíduos. “A Orizon é atualmente a maior produtora de crédito de carbono do Brasil em resíduos sanitários e uma das maiores do mundo. Essa colaboração permitirá à Sergas introduzir tecnologia de ponta em Sergipe e contribuir para a preservação do meio ambiente por meio da utilização de energias renováveis. O projeto pode ser implementado de forma gradual para atender às atuais e futuras demandas por biometano e gás natural na região centro-sul do estado de Sergipe, contribuindo para a interiorização do gás no território sergipano e proporcionando maior estabilidade operacional e competitividade para a indústria local”, completa.
Gustavo Soares, superintendente comercial para a região Nordeste da Orizon, acredita na possibilidade de fornecer biometano para Sergipe por meio da Sergas, proveniente do Ecoparque Sergipe, um projeto ambicioso no estado. “A expectativa é produzir inicialmente cerca de 70 mil m³/dia de biogás, podendo chegar a 120 mil m³/dia de biogás”.
Visita Técnica ao Ecoparque Paulínia
O Ecoparque Paulínia é um dos maiores aterros sanitários do Brasil, recebendo cerca de 4,5 mil toneladas de resíduos por dia e atendendo a aproximadamente trinta e seis municípios paulistas e cerca de 300 clientes privados. O Ecoparque opera com cerca de 270 funcionários diretos e 35 funcionários indiretos, funcionando 24 horas por dia, 365 dias por ano.
Orizon
Com uma presença no mercado desde 1999, a Orizon é uma referência em pioneirismo e oferece uma ampla gama de soluções integradas para a gestão e beneficiamento de resíduos, que incluem reciclagem, geração de biogás e energia elétrica. Seus ecoparques atuam como uma última linha de proteção ambiental, reduzindo a emissão de dióxido de carbono, tratando resíduos com potencial de reaproveitamento pela indústria e garantindo que o lixo não reaproveitável seja descartado de maneira ecologicamente adequada, evitando a contaminação de solos, rios, mares e ar.